terça-feira, 28 de abril de 2009

Buscas no Centro Nacional de Exposições em Santarém

28 Abril 2009
A PJ está a investigar o destino que foi dado a 3,3 milhões de euros, alegadamente, nunca terá sido transferido da Câmara para o CNEMA
A autarquia, então liderada por José Miguel Noras (PS), recebeu o dinheiro prometido pelo Governo de António Guterres através do Instituto de Estradas de Portugal, como forma de pagamento da construção da circular urbana D. Luís.
A acção da PJ centrou-se no período entre 1999 e 2001, altura em que o CNEMA – administrado pelo falecido José Manuel Casqueiro – atravessava uma situação financeira muito complicada. A Câmara de Santarém – o segundo maior accionista – ter-se-á comprometido a injectar um subsídio de 3,3 milhões de euros, sendo que dois terços dessa verba seriam para abater uma dívida que o centro tinha junto do Banco Totta e o restante para fundo de maneio.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) é o maior accionista, com 59%, seguida pela Câmara, com 20%, e pela CONFAGRI, com 12,5%. Os restantes 22 accionistas têm quotas inferiores a 10%. Desde a sua criação, o CNEMA nunca conseguiu ter uma situação económica estável.
O Centro Nacional de Exposições em Santarém foi construído sem licença e funcionou durante mais de dez anos sem licença de utilização. Os auditórios também não estavam legalizados para receberem espectáculos culturais A obra foi inaugurada em 1994
Se, por exemplo, tivesse ocorrido algum problema com as instalações, como um incêndio ou o desabamento de uma estrutura na sequência de um sismo, as seguradoras podiam recusar pagar os estragos por falta de licenciamento do espaço.
O grande auditório, com lotação para 1206 pessoas pode receber actividades de música, canto e cinema, enquanto o pequeno auditório (106 lugares) está licenciado apenas para a exibição de cinema.
Só em Abril de 2007 é que foi feita a vistoria

ONDE ESTÁ O DINHEIRO?
Em Outubro de 2007 a Polícia Judiciária efectuou uma busca domiciliária à casa do ex-presidente da Câmara de Santarém, o socialista José Miguel Noras, assim como procedeu à recolha de documentação na Câmara Municipal. Em causa está o desaparecimento de peças museológicas da colecção municipal, nomeadamente moedas e relógios
Recorde-se que José Miguel Noras, coleccionador e reputado especialista em numismática e antiguidades, decidiu, enquanto presidente de Câmara, a aquisição de relógios para o Núcleo Museológico do Tempo (Torre das Cabaças), assim como moedas para a colecção do Município.O seu sucessor viria a dar pela falta de vários exemplares no inventário museológico, tendo apresentado a respectiva denúncia às autoridades.

Onde param as peças museológicas?

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